Existiram vários divulgadores de Judô pelo mundo como :
Yukio Tani, Hikoichi Ainda e Gunji Koisumi fora para a Grã Bretanha
Ishiguno e Kawaishi para França, Romênia, Bélgica, Espanha, Holanda, Turquia e Egito
Yamashita teve como terra acolhedora os Estados Unidos da América
Contudo, segundo Virgílio, Jigoro Kano foi o principal divulgador da arte. De 1889 à 1891 percorreu à Europa realizando conferências e demonstrações; entre 1902 e 1905 esteve na China, e entre 1912 e 1913 foi à Europa e EUA.
A Federação Internacional de Judô foi fundada no 1º Campeonato Europeu em Paris - 1951, tendo como fundador Risei Kano, e em 1952 é fundada a União Pan-americana de Judô.
Mostramos também que não houve uma missão oficial para a divulgação e inserção do Judô no Brasil; apesar da diferença nas datas e dados uma fonte importante é a Sensei Massao Shinorara que afirma que a implantação do Judô no Brasil foi efetivada em mais ou menos 1908 através da imigração japonesa. Mostramos aqui a vinda de um Judô inserido na cultura japonesa, principalmente dos agricultores, os quais realizavam a prática desta arte para manter viva a terra natal em suas memórias.
Quando falamos da vinda do Judô ao Brasil, rapidamente lembramos de Mitsuyo Maeda, ou Eisei Maeda, o Conde Koma. Maeda vem ao Brasil através de um envio especial do Kodokan para a divulgação do Judô e do Ju Jitsu nos EUA, junto à ele vem Tomita, Satake, Ono e Ito, que fazem um percurso desde os EUA, a América Central até a América do Sul divulgando a arte do Kodokan através de demonstrações e desafios.
Quanto a chegada de Conde Koma ao Brasil, existem várias divergências, no entanto, Rildo Eros relata a chegada de Conde Koma, através da cópia do Passaporte dele cedido por Gotta Tsutsumi, presidente da Associação Paramazônica Nipako de Belém, que revela sua chegada à Porto Alegre em 14 de Novembro de 1914, tendo ganhado tal apelido devido à sua elegância e semblante triste.
No Brasil ele teria percorrido o caminho de Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, São Luiz, Belém (OUT/1915) e finalmente em Manaus em 18/12/1915.
O grupo japonês, em Manaus, fazia demonstrações de técnicas de torções, defesa de agarrões, chave de articulações, demonstrações de armas japonesas e mesmo desafios ao público.
Virgílio nos mostra que Maeda criou uma academia em Belém do Pará, cujo teve muita aceitação sendo freqüentada por último por integrantes da família Gracie.
Nos primórdios, o Judô era filiado à Federação Paulista de Pugilismo, e suas respectivas regras de combates formuladas em 1936, há indícios que surgiu uma entidade não oficial entre 1933 e 1942, denominada Federação de Judô e Kendô, sendo a responsável pela divulgação do oficial Judô - Kodokan.
Contudo, precisaríamos de um entidade nossa perante a legislação, com isso surge a Federação Paulista de Judô, em 17 de Abril de 1958.
Já a Confederação Brasileira de Judô, segundo Matheus Sugizaki, foi fundada em 1969, sendo reconhecida somente em 1972.
Após esta trajetória no tempo, temos como indícios duas correntes:
a) Os pioneiros do Kasatu Maru, agricultores e colonos que praticavam o judô como um meio de laços à sua origem; amenizar a saudades e para a prática marcial desta arte inserida em suas culturas. Deste grupo destacamos Tatsuo Okoshi que chegou ao Brasil em 1924/1925, seguido de Katsutoshi Naito, Sobei Tani e Ryuzo Ogawa.
b) E do outro lado os Lutadores, que buscavam e lançavam desafios e demonstrações lutando publicamente, utilizando o Judô (na verdade uma forma de vale tudo com Ju Jutsu, Judô, etc.) como forma de subsistência ,desta corrente destaca-se Mitsuyo Maeda, Takagi Saito, Geo Omori, Ono e os Gracie.